Avaliação Cefalométrica da Via Aérea Superior em Mulheres Com Apneia Obstrutiva do Sono

Nome: Diana Bandeira Dias
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 28/02/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Maria Christina Thomé Pacheco Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Maria Christina Thomé Pacheco Orientador
Rowdley Robert Rossi Pereira Examinador Externo
Selva Maria Gonçalves Guerra Examinador Interno

Resumo: INTRODUÇÃO: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um distúrbio respiratório caracterizado por episódios recorrentes de colapso parcial ou completo da via aérea superior (VAS) durante o sono. A AOS é mais difícil de ser identificada em mulheres do que nos homens. As características mais especificas como ronco primário, sonolência diurna excessiva ou pausas respiratórias nem sempre são relatadas pelas mulheres. Por apresentarem sintomas inespecíficos para a AOS como insônia, depressão e fadiga, estas muitas vezes são tratadas por suas queixas e nem sempre são encaminhadas para um exame de polissonografia (PSG). Em média, a mulher leva 9,7 anos a partir dos primeiros sintomas até ser diagnosticada com AOS. Algumas alterações morfológicas da face e da VAS, observadas na radiografia cefalométrica lateral (RCL), podem contribuir para um diagnóstico mais precoce da AOS em mulheres. OBJETIVO: Comparar as alterações craniofaciais e dimensões da VAS em mulheres com AOS leve e moderada por meio da RCL. METODOLOGIA: 44 RCL de mulheres na faixa etária de 30 a 67 anos de idade foram calibradas e medidas no programa Radiocef®, sendo 26 pertencentes a mulheres diagnosticadas pela PSG com AOS leve e moderada (Grupo com AOS) e 18 RCL de mulheres sem risco de ter a doença (Grupo sem AOS), diagnosticadas através do questionário STOP-BANG. Foram realizadas medidas craniofaciais, das dimensões da VAS. A amostra foi avaliada estatisticamente através de comparação, correlação e associação das medidas entre os grupos. RESULTADOS: Houve diferença estatisticamente significativa (p<0,05) entre os grupos com e sem AOS, principalmente para o aumento das medidas verticais da VAS e diminuição do espaço aéreo posterior no grupo com apneia. Aumento significativo das medidas verticais da face, abertura do plano mandibular, retrusão da maxila e da mandíbula também foram significativos neste grupo. O aumento do ângulo de convexidade facial mostrou ser um fator de risco para a presença da AOS em mulheres (OR = 1.541). CONCLUSÃO: A RCL demonstrou ser uma ferramenta eficaz na identificação de características craniofaciais e da VAS de mulheres com suspeita de AOS. Sendo assim, um exame importante para o reconhecimento precoce da AOS leve e moderada e para o encaminhamento das mulheres para exames de PSG.

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