Saúde Bucal de Pacientes Internados na Uti e Sua Correlação Com Doenças Sistêmicas e Infecção Hospitalar

Nome: Suellen Torres de Oliveira
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 23/09/2011
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Liliana Aparecida Pimenta de Barros Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Fausto Edmundo Lima Pereira Examinador Externo
Karla Correa Barcelos Examinador Interno
Liliana Aparecida Pimenta de Barros Orientador

Resumo: Objetivos: O objetivo do presente estudo foi avaliar a condição oral, em especial a periodontal, dos pacientes internados na UTI do Hucam e sua correlação com a infecção hospitalar, além dos dados sociodemográficos e da condição sistêmica associados. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico, transversal e observacional, no período de julho a dezembro de 2010. Os pacientes admitidos nesse período foram examinados por uma única pesquisadora. Identificou-se o perfil sociodemográfico, motivo da internação, doenças sistêmicas e, por meio de exame clínico, avaliou-se a condição bucal, observando número de dentes, resto radicular, dentes com cárie, alterações de tecido mole, condição periodontal, índice de placa e xerostomia. Registros da evolução da condição sistêmica e a instalação da pneumonia nosocomial (PN) e pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) foram documentados diariamente até a alta ou óbito do paciente e associados ao grau de gengivite, periodontite e índice de placa. Estabeleceu-se um protocolo de higienização, com intervenção química (digluconato de clorexidina 0,12%) e mecânica na higienização oral dos pacientes da UTI. Foram comparados os índices de pneumonia antes e depois do início do estudo. Resultados: Foram examinados 137 pacientes, os quais 53,3% eram do gênero feminino, com uma média de 54,5 anos. A condição bucal dos pacientes internados foi de 38,7% desdentados totais e 61,3% dentados. Uma porcentagem significante apresentou xerostomia (60,6%) e alterações de tecido mole (35,85%). Cinco desenvolveram pneumonia nosocomial (3,64%) dos quais 80% apresentavam índice de placa de 81-100% e 100% periodontite avançada. Com relação à PAV, quatro pacientes a adquiriram (2,91%), com características periodontais semelhantes a da PN. Além disso, o índice de PN foi maior nos pacientes com dentes com cárie. O índice de PN, inclusive a associada à ventilação mecânica, em 2009, foi de 6,01%, havendo um decréscimo em 2010 de 39,43%, passando para 3,64%. Conclusões: A relação entre a periodontite e a PN e PAV foi estabelecida, apesar de não estatisticamente significante. Os índices de ocorrência de PN e de PAV foram maiores e estatisticamente significantes nos pacientes com um número maior de dentes e dentes com cárie, afirmando a associação infecção hospitalar com a condição bucal. Por fim, registrou-se uma redução nos índices de pneumonia no período de realização da pesquisa.

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